domingo, 28 de agosto de 2011

XI NORDESTÃO DOS PRESBÍTEROS


Nos dias 22 a 25 aconteceu em Teresina-PI, o XI Encontrão dos Presbíteros do Nordeste, conhecido como "Nordestão".  O tema refletido foi "Identidade do Presbítero no Nordeste". D. Leonardo Steinner, Secretário Nacional da Conferência Nacional dos  Bispos do Brasil (CNBB) foi quem assessorou este encontro. O número de  participantes era de 217 presbíteros vindos de todo o Nordeste do país. Homens que trouxeram em suas bagagens as suas experiências de vida e lutas pela construção do Reino de Deus em solo nordestino.
O encontro contou a importantíssima ajuda das famílias do Movimento Matrimonial Cristão que acolheram os padres em suas casas. Foi uma experiência inédita na história do nordestão. Fazer esta experiência com as famílias possibilitou um melhor conhecimento, por parte dos presbíteros, da realidade do povo de Teresina. Depois, o encontro aconteceu no auditório da Centro Paulo VI. A delegação do Regional Nordeste 5 estava em um número de 12 padres.
Na reflexão de D. Leonardo foi destacada a identidade do presbítero como aquele homem que vive da gratuidade, na liberdade e total entrega de si aos outros. O presbítero deve ser aquele que "se faz presbítero no cotidiano", visto que ninguém nasceu presbítero. Nas plenárias os presbíteros puderam expressar suas realidades por todo nordeste.
Neste encontro ainda houve manhã de espiritualidade, na qual se foi visitar o Santuario de Santa Cruz dos Milagres-PI. Um momento forte para todos os presbíteros pela capacidade do povo gerar vida e ter muita fé numa realidade dura e cheia de desafios. O encontro terminou com um gostosíssimo jantar  de confraternização entre os presbíteros na chácara Cafarnaum.  Os presbíteros voltaram para suas respectivas paróquias e dioceses animados para continuar a caminhada da Pastoral Presbiteral nos seus presbitérios. Agora é momento de se preparar para o 14º Encontro Nacional dos Presbíteros, em Aparecida do Norte-SP, no próximo ano.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

NOVAS DIRETRIZES


AS NOVAS DIRETRIZES PARA A AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA NO BRASIL
Durante muitos anos a Igreja esteve evangelizando através de seus pregadores, mártires, pessoas de fé e principalmente com a referência nos Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João). Percebeu-se que com o passar dos séculos que houve acertos erros históricos, pelos quais o Papa João Paulo II até pediu perdão. A evangelização, sobretudo aqui no Brasil, veio carregada de muitas influências positivas, mas negativas também. Era a posição da Igreja dentro do Império que tinha destaque para sustentar o aparato de mando do mesmo império.
Depois que houve a separação do Estado Republicano com a Igreja Católica, acabando o sistema de padroado, houve uma nova forma de se ver como católico dentro da sociedade. Começa-se a perceber que era preciso ter um novo rosto, uma nova maneira de evangelizar. É claro que as coisas não mudaram de uma hora para a outra. Entretanto, pode-se dar destaque para a ação evangelizadora da Igreja a partir da criação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (1955) com o grande profeta da época D. Hélder Câmara. Tentou-se dar um novo rosto para a Igreja, tendo como referencial várias experiências de inserção e atualização da Igreja no meio do povo.
Hoje a Igreja Católica, na sua ação evangelizadora já está mais organizada e lança de quatro em quatro anos um plano de ação para a evangelização denominado de “diretrizes”. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil durante a 49ª Assembleia Geral, em Aparecida-São Paulo, nos dias 4 a 13 de maio, aprovou as novas “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil” para o período de 2011-2015.
Estas diretrizes têm como objetivo: “Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo”. Este objetivo retoma o sentido de ser da Igreja que é evangelizar. Porém, não evangeliza a partir dela mesma, mas a partir de Jesus. É ele que tem a mensagem, ela só é a anunciadora desta mensagem, que deve ser de forma fiel.
A evangelização deve receber a força do Espírito Santo, pois sem ela a Igreja não tem a motivação espiritual para fazer qualquer anúncio que seja. O Espírito Santo é aquele que plasma a Igreja e a vivifica suscitando os dons, carismas e ministérios. Desta forma a Igreja se torna mais discípula, missionária e com a vivacidade da profecia inerente ao ser existir. No entanto, é pela Palavra de Deus e pela Eucaristia que a Igreja se alimenta. Todos os cristãos católicos devem participar da Eucaristia diária e meditar cotidianamente a Palavra de Deus.
Finalmente, a Igreja tem os mesmo sentimentos de Cristo. Sem querer cair no sistema de exclusão dos ricos, mas a Igreja faz a opção preferencial pelos mais excluídos, os chamados “pobres de Jesus”. Estes são aqueles que Jesus passou a maioria do tempo com eles. Ele lhes trouxe muita esperança e boa nova.  Aqui não se fala só de uma classe social e econômica sofrida e excluída. Mas, de um grupo de pessoas que acolheram a mensagem de Jesus com mais nitidez e ansiedade. Era um povo que já esperava um messias libertador prometido pelos profetas do Primeiro Testamento. Sabe-se, portanto, que a Reino de Deus não se encerra aqui. Pois ele tem um rumo definitivo na parusia. Jesus mesmo nos diz que o seu reino não é deste mundo. Por isso que a ação evangelizadora não pode ficar só pensando que sua efetividade é para o dia de hoje. Acredita-se que Cristo fará uma completude de seu entre no fim de tudo isto. Que as ações das pastorais, grupos e movimento da Igreja estejam voltados para o que a Igreja do Brasil definiu em suas novas diretrizes.
Deus vos abençoe!
j.csan@hotmail.com