terça-feira, 16 de agosto de 2011

NOVAS DIRETRIZES


AS NOVAS DIRETRIZES PARA A AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA NO BRASIL
Durante muitos anos a Igreja esteve evangelizando através de seus pregadores, mártires, pessoas de fé e principalmente com a referência nos Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João). Percebeu-se que com o passar dos séculos que houve acertos erros históricos, pelos quais o Papa João Paulo II até pediu perdão. A evangelização, sobretudo aqui no Brasil, veio carregada de muitas influências positivas, mas negativas também. Era a posição da Igreja dentro do Império que tinha destaque para sustentar o aparato de mando do mesmo império.
Depois que houve a separação do Estado Republicano com a Igreja Católica, acabando o sistema de padroado, houve uma nova forma de se ver como católico dentro da sociedade. Começa-se a perceber que era preciso ter um novo rosto, uma nova maneira de evangelizar. É claro que as coisas não mudaram de uma hora para a outra. Entretanto, pode-se dar destaque para a ação evangelizadora da Igreja a partir da criação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (1955) com o grande profeta da época D. Hélder Câmara. Tentou-se dar um novo rosto para a Igreja, tendo como referencial várias experiências de inserção e atualização da Igreja no meio do povo.
Hoje a Igreja Católica, na sua ação evangelizadora já está mais organizada e lança de quatro em quatro anos um plano de ação para a evangelização denominado de “diretrizes”. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil durante a 49ª Assembleia Geral, em Aparecida-São Paulo, nos dias 4 a 13 de maio, aprovou as novas “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil” para o período de 2011-2015.
Estas diretrizes têm como objetivo: “Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo”. Este objetivo retoma o sentido de ser da Igreja que é evangelizar. Porém, não evangeliza a partir dela mesma, mas a partir de Jesus. É ele que tem a mensagem, ela só é a anunciadora desta mensagem, que deve ser de forma fiel.
A evangelização deve receber a força do Espírito Santo, pois sem ela a Igreja não tem a motivação espiritual para fazer qualquer anúncio que seja. O Espírito Santo é aquele que plasma a Igreja e a vivifica suscitando os dons, carismas e ministérios. Desta forma a Igreja se torna mais discípula, missionária e com a vivacidade da profecia inerente ao ser existir. No entanto, é pela Palavra de Deus e pela Eucaristia que a Igreja se alimenta. Todos os cristãos católicos devem participar da Eucaristia diária e meditar cotidianamente a Palavra de Deus.
Finalmente, a Igreja tem os mesmo sentimentos de Cristo. Sem querer cair no sistema de exclusão dos ricos, mas a Igreja faz a opção preferencial pelos mais excluídos, os chamados “pobres de Jesus”. Estes são aqueles que Jesus passou a maioria do tempo com eles. Ele lhes trouxe muita esperança e boa nova.  Aqui não se fala só de uma classe social e econômica sofrida e excluída. Mas, de um grupo de pessoas que acolheram a mensagem de Jesus com mais nitidez e ansiedade. Era um povo que já esperava um messias libertador prometido pelos profetas do Primeiro Testamento. Sabe-se, portanto, que a Reino de Deus não se encerra aqui. Pois ele tem um rumo definitivo na parusia. Jesus mesmo nos diz que o seu reino não é deste mundo. Por isso que a ação evangelizadora não pode ficar só pensando que sua efetividade é para o dia de hoje. Acredita-se que Cristo fará uma completude de seu entre no fim de tudo isto. Que as ações das pastorais, grupos e movimento da Igreja estejam voltados para o que a Igreja do Brasil definiu em suas novas diretrizes.
Deus vos abençoe!
j.csan@hotmail.com

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